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Sugestões de bosque, com aromas de frutos silvestres, notas de cereja, amora, morango, pimenta branca, caixa de tabaco, leve couro e caruma. Tenso, complexo, elegante e fresco. Pleno de singularidade e carácter, num conjunto marcado pela frescura, equilíbrio e muita elegância.
Availability date:
Produtor | Alberto Almeida |
Região | Bairrada - Sub-Região Terras de Sicó |
Castas | Vinhas centenárias onde encontramos as castas Baga, Rufete, Bastardo e Grand Noir entre outras não identificadas. |
Solo | 2,5 hectares de vinhas muito velhas resgatadas do abandono, divididas por 4 parcelas de com idades compreendidas entre os 70 e os 110 anos. |
Vinificação | É um branco vinificado à moda antiga, fermentado em lagar aberto com leveduras indígenas. Produção: 1300 garrafas |
Estágio | 12 meses em barricas usadas de carvalho francês. |
Capacidade | 750 ml |
Volume | Teor Alcoólico: 12,5% |
Temperatura | 16ºC - 18ºC |
Harmonizações | Bacalhau assado no forno, entrecosto de porco no forno e cabrito grelhado na brasa. |
Prémios do Vinho | 92 Pontos - Revista de Vinhos |
Alberto Almeida nasceu em S. Martinho de Árvore, pequena aldeia rural do concelho de Coimbra, no extremo sul da região demarcada da Bairrada. Desde muito novo participou nas tarefas agrícolas da família, ajudando os pais nos trabalhos de amanho das terras ou guiando a junta de bois do tio Chico numa pequena exploração familiar dedicada à produção de leite, vinho, legumes e outros produtos para consumo próprio.
É neste contexto de contacto permanente com a terra que estabelece uma forte relação com a natureza, deixando-se encantar com o ciclo das colheitas, com a magia da sucessão das estações do ano, com as cores de outono ou com o cheiro a terra acabada de remexer.
A dureza e o encanto das ancestrais práticas agrícolas, sobretudo as ligadas ao vinho, marcaram indelevelmente a sua infância, o seu imaginário e a sua personalidade.
Mais tarde, fascinado com a descoberta do admirável mundo dos vinhos, sobretudo os clássicos da casta Baga da Bairrada, e num ímpeto nostálgico de regresso ao seu imaginário infantil, decide “voltar” à terra e fazer o seu primeiro vinho na vindima de 2006.
Essa primeira experiência de vinificação levo-o à fascinante descoberta dos “vinhos de garagem” e marcará irreversivelmente o seu destino. Nunca mais parou!
Inquieto, ousado, experimentalista e defensor de uma vitivinicultura sustentável, que respeita a terra, as vinhas, as pessoas e as tradições e sobretudo apaixonado e defensor do conceito de vinhos menos intervencionados, inicia na sub-região Terras de Sicó, um trabalho de recuperação de vinhas velhas e ensaios de vinificação que decorrem durante 14 vindimas consecutivas, nos quais experimenta diferentes abordagens de vinificação e ensaios com barricas de diferentes tipologias e origem com as castas autóctones da região.
Este trabalho de experimentação leva-o em 2017 à criação do projeto Vinha das Penicas – Vinhedos Antigos, com o objetivo de criar vinhos pouco intervencionados, a partir de 2,5 hectares de vinhas muito velhas resgatadas do abandono, divididas por 4 parcelas de com idades compreendidas entre os 70 e os 110 anos.
A Sub-Região Terras de Sicó
A região apresenta um clima temperado mediterrânico caracterizado por invernos frios e húmidos e verões quentes e secos, com dias de grande amplitude térmica, registando-se frequentemente a ocorrência de nevoeiros matinais que se mantêm até cerca das 11 horas da manhã, permitindo maturações equilibradas e a obtenção de vinhos tintos elegantes e brancos com grande frescura.
A região conserva um património ímpar de vinhedos antigos, plantados em solos de maioritariamente de origem argilo-calcária de diferentes nuances, mas onde também encontramos afloramentos de xisto.
As vinhas
As vinhas que servem de base ao projeto “Vinha das Penicas-Vinhedos Antigos” situam-se na sub-região Terras de Sicó, mais propriamente na freguesia de Lamas, no concelho de Miranda do Corvo e na freguesia de Vila Seca e Bendafé, no concelho de Condeixa e têm idades compreendidas entre os 70 e os 110 anos.
Nestas vinhas podemos encontrar plantadas as castas Baga e Fernão Pires, largamente dominantes, entre mais de uma dezena de outras castas autóctones onde se destacam, nas tintas, a Bastardo, a Rufete, a Trincadeira e a casta Grand Noir, esta última trazida para a região por trabalhadores franceses aquando da construção do ramal ferroviário da Lousã. Nas castas brancas, para além da dominante Fernão Pires, podemos encontrar a Bical, a Dona Branca, a Rabo de Ovelha, entre outras não identificadas.
Para colmatar as cepas em falta nestes vinhedos ancestrais foram plantados “bacelos bravos” que têm vindo a ser enxertados com “garfos” das próprias parcelas, garantindo assim a sua restruturação com o seu material genético original.
O conceito
Este território de excelência constitui o ponto de partida para a criação de vinhos de autor, de produção limitada, numa abordagem artesanal e minimalista.
Privilegia-se o trabalho manual nas vinhas, sem recurso ao uso de herbicidas, procurando implementar práticas culturais que proporcionem a colheita uvas de qualidade sanitária irrepreensível que permitam intervenções mínimas na adega.
Os vinhos são elaborados a partir de vinificações com recurso a leveduras indígenas, recorrendo a doses comedidas de sulfuroso e a um acabamento em barricas usadas de qualidade superior com origem em St. Emilion- Bordéus, no caso dos tintos, e da Borgonha para os brancos.
Os vinhos resultam do field blend dos 2.5 hectares de vinhas muito velhas, divididas por quatro parcelas com idades que variam entre os 60 e os 114 anos, plantadas em solos argilo-calcários e xistosos.
Confirmação de Idade Tem idade legal para o consumo de bebidas alcoólicas? (+18 anos) Sim Não
Age Confirmation Do you have legal age to consume alcoholic drinks? (+18 years old) Yes No
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